Despedida para o nunca mais...
África,
de um povo que sofre sorrindo.
Em fotos tirei meus relatos,
o chão é de terra
E as cores se misturam na beira de um rio
vi construções em ruínas
e também leões e girafas serenas
Com os pés no chão a tradição da Umbanda,
Quimbanda e do Candomblé
Quimbanda e do Candomblé
Não existe nem preto e nem branco
Somos como um só,
o branco se pinta de negro
e o Preto Velho vira quem quiser.
Estação África...
Ferrovia de Gente
Que vende, troca e negocia,
Que vende, troca e negocia,
No meio dos trilhos crianças, mulheres e homens
Um amontoado de roupas expostas para venda
em cima de sacos preto, suas trancinhas fazem
o mesmo trilho de trem na sua cabeça
e penso comigo qual será que são as opções de destino...
Mãe da Cultura do Mundo...
Como quem carrega um tesouro,
onde todo o pouco vale ouro,
onde todo o pouco vale ouro,
Os pés no chão de terra batida
na cabeça uma bacia
com os frutos que o alimenta.
com os frutos que o alimenta.
Me cortou o coração
Uma criança chorando em frente um prato de comida
Uma criança chorando em frente um prato de comida


E ainda reclamamos de tudo o que temos,
E ainda reclamamos da vida...
Um monumento de um povo tão sofrido
Em um memorial na Costa do Marfim
De lá saia os Tumbeiros,
navios negreiros
A despedida e a separação das famílias
Em Angola a mesma Estátua referida
Em um memorial na Costa do Marfim
De lá saia os Tumbeiros,
navios negreiros
A despedida e a separação das famílias
Em Angola a mesma Estátua referida
DESPEDIDA PARA O NUNCA MAIS...
Os braços negros e fortes
Acorrentados
Elevados aos céus
Como em uma ultima suplica
Seus pés em cima de um tambor
Ultima vez que pisaria no solo que lhe concedeu a vida
Acorrentados
Elevados aos céus
Como em uma ultima suplica
Seus pés em cima de um tambor
Ultima vez que pisaria no solo que lhe concedeu a vida
Uma Mãe lhe segura forte à cintura,
O fruto do seu ventre estaria partindo
Sem rumo, apenas um clandestino
Única certeza eram as chibatadas
Esse era seu destino.
O fruto do seu ventre estaria partindo
Sem rumo, apenas um clandestino
Única certeza eram as chibatadas
Esse era seu destino.
NUNCA MAIS...
DESPEDIR-SE
PARA NUNCA MAIS...
PARA NUNCA MAIS...
ÁFRICA, o povo que sofre sorrindo...
Ediene Vilhena Braga
texto retirado do facebook
imagens publicas retiradas da internet
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